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Dia Mundial de Combate à Aids é celebrado no mundo

    No último sábado, 1 de dezembro, foi celebrado o Dia Mundial de Combate à Aids. O dia foi marcado por diversos atos de manifestação no mundo inteiro, como forma de conscientizar as pessoas sobre a doença. Com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), a data foi instituída em 1987, por iniciativa da Assembleia Mundial de Saúde. No Brasil, a data é celebrada desde 1988.

    A Aids é uma doença que não tem cura e é transmitida, dentre outras vias, nas relações sexuais.  Apesar da queda da mortalidade e da estabilidade dos índices nos últimos anos, a doença continua sendo uma epidemia grave, com 34 milhões de pessoas infectadas. O continente africano é a região mais afetada no mundo pelo vírus HIV, com 22,5 milhões de pessoas vivendo com a doença e com 1,3 milhão de pessoas mortas em 2009. No Brasil, a cidade com maior índice de infectados é Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com 172,1 casos para cada 100.000 habitantes. Veja como foi o Dia Mundial de Combate à Aids no mundo:

    Na Índia, o artista plástico Sudarshan Pattnaik esculpiu nas areias de um enorme laço vermelho. Símbolo da luta contra a Aids, a fita entrelaçada significa solidariedade.  Na cidade de Bangalore, voluntários distribuiram fitas vermelhas para as pessoas que transitavam pelos locais públicos. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de Aids.

    Na Indonésia, centenas de pessoas participaram do Dance 4 Life (Dança pela vida), em que apresentaram uma coreografia em homenagem às pessoas que morreram em detrimento da Aids. O ato faz parte das comemorações do Dia Mundial de Luta contra a Aids em Jacarta. Em San Salvador, em El Salvador, milhares de pessoas participaram da passeata em favor da causa, muitos deles, aliás, portadores do vírus HIV. No país, 119 pessoas já morreram em decorrência da Aids, segundo os dados oficiais.

    Em Bangladesh, a caminhada reuniu homens, mulheres, transsexuais e homossexuais no Dia Mundial da Luta contra Aids. O país tem a tradição de sempre lembrar desta data. No país, 3.258 pessoas já morreram por conta da doença. No Paquistão, onde mais de 100 mil estão infectadas com o vírus da Aids, mulheres foram para as ruas, com placas informativas alertando sobre a doença. Em Bruxelas, na Bélgica, um preservativo gigante foi colocado no centro da cidade, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância de se usar preservativos nas relações sexuais.

    O Dia Mundial de Combate à Aids no Brasil

    No Brasil, muitas das manifestações se deram em São Paulo: dois mil balões vermelhos e brancos foram soltos no Instituto Emílio Ribas e, na Praça da República, no prédio da Secretaria da Educação, foi colocado um laço vermelho, na véspera do Dia Mundial de Combate à Aids, em homenagem aos infectados.

    Em Salvador, na Bahia, houve a premiação do Concurso Cultural de Hepatites Virais para Manicures e Tatuadores e do Festival Internacional de Humor em DST e Aids.  Em Brasília, milhares de pessoas participaram de caminhadas pela cidade e testes de sangue para a detecção da doença também foram feitos.

    Ainda como parte das comemorações, o Ministério da Saúde brasileiro, anunciou, na última sexta-feira, 30, que mais um remédio para o tratamento da Aids será fabricado no Brasil. O  antirretroviral Atazanavir será produzido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

    Segundo informações do ministério da saúde, no Brasil, Das 530 mil pessoas que vivem com HIV atualmente, 135 mil desconhecem sua situação e cerca de 30% dos pacientes ainda chegam ao serviço de saúde tardiamente. Somente nesse ano, foram registrados 38,8 mil casos novos da doença no país. No mundo, a contaminação chega a 7.500 casos por dia, configurando em cerca de 34 milhões o número de pessoas contaminadas com o vírus, conforme dados da Organização Mundial de Saúde.

    A Aids é uma doença que ataca o sistema imunológico, fazendo com que o organismo fique fragilizado, podendo ser contaminado com o vírus de várias outras doenças. Segundo pesquisas, a Aids é a quata doença que mais mata no mundo. As formas de contágio são através de uso compartilhado de seringas, alicates de unha, instrumentos não esterilizados que furam e cortam, gravidez de mulheres infectadas e, principalmente, relações sexuais. As transfusões de sangue também são uma forma de contágio, mas no Brasil este risco chega a quase zero.

    Os principais sintomas da doença são: diarreias, herpes, infecções cerebrais e o aparecimento de câncer. A Aids ainda não tem cura, mas seus efeitos podem ser controlados com um coquetel de drogas, que, por serem muito fortes, podem atacar os rins e o fígado.